segunda-feira, março 22, 2010

Projetar para o Desmonte

Objetivo
Facilitar o aproveitamento futuro de materiais, diminuindo o impacto gerado e energia necessária para sua reutilização.


Requisitos
Utilização de projetos modulares e sistemas desmontáveis. Para este crédito, a desmontagem dos componentes destes sistemas não deverá gerar novo resíduo.

Potencial Tecnológico e Estratégias
Estabelecer o objetivo de desmontagem futura desde o início do projeto, considerando que as estratégias escolhidas deverão representar pelo menos 80% do total deste item na obra.
Dimensionamento em medidas facilmente reaproveitáveis em novos projetos e de uso comercial.

O exemplo das fraldas

Reciclagem de fraldas descartáveis

Várias cidades britânicas poderão reciclar milhares de toneladas de fraldas descartáveis usadas, transformando-as em produtos que vão de telhas a capacetes para ciclistas. A primeira usina, em Birmigham, deverá entrar em operações em meados de 2010. É estimado o processamento de 36 mil toneladas de fraldas descartáveis por ano. As fraldas contêm plásticos, fibras, celulose e polímeros absorventes e, de cada tonelada de fraldas reciclada, podem ser extraídos 400 quilos de celulose e 145 metros cúbicos de gás.

Os bebês usam em média mais de 3,6 mil fraldas até que aprendem a usar o banheiro. Estima-se que um total de 800 mil toneladas de fraldas por ano – usadas por bebês e pessoas com incontinência – acabam em aterros sanitários na Grã-Bretanha.



As fraldas podem levar até 500 anos para se decompor.

Fraldas de Pano: Uma escolha ecológica

Sesde meados do século XX, a fralda descartável tem trazido consequências muito sérias para o meio ambiente. Pesquisas mostram que uma criança usa, em média, mais de 5 mil fraldas descartáveis nos primeiros dois anos de vida. Para isso, são derrubadas 5 árvores por criança. Uma família gasta entre 3 e 4 mil reais em fraldas descartáveis, para cada filho, nos primeiros 2 anos de vida.
Mesmo as fraldas descartáveis biodegradáveis, possuem a mesma quantidade de plástico. Nestes casos, a designação de "biodegradável" não tem qualquer consequência em termos ambientais. Os materiais fecais humanos contêm bactérias e vírus responsáveis por perturbações intestinais e doenças, como a poliomielite. A deposição destes materiais pode conduzir à contaminação das reservas de água subterrâneas, assim como atrair insectos vectores de doenças.