
Os absorventes, inspirados no modelos de nossas avós ou bisas, usam toalhinhas de algodão. Depois de usadas, devem ser bem lavadas e secadas para serem usadas novamente.
Os ginecologistas aprovam o material, dizem que é mais saudável para a mulher do que os plásticos.“A idéia de usar um absorvente lavável, que chega a durar até cinco anos, pode parecer estranha a primeira vista. Coloca em jogo a relação da mulher com o próprio corpo e propõe uma mudança significativa de comportamento. Mas a motivação por trás da iniciativa de duas brasilienses em trazer o produto para a capital é nobre. E verde."
Especialistas afirmam que o modelo diminui os riscos de alergia e preserva a saúde da mulher, mas alertam para os cuidados na higienização do material.Absorventes biodegradáveis ou reutilizáveis são vendidos em supermercados e lojas de países da
Europa e nos
Estados Unidos parte da
Venezuala e
Austrália.
O absorvente renovável tem o tamanho semelhante ao convencional (20 cm) e conta com um compartimento onde são guardadas duas toalhinhas feitas 100% de algodão. Nas abas há dois botões que asseguram a fixação na roupa íntima. “O fato de ser de algodão aumenta a ventilação, diminuindo o mau cheiro do sangue”, explicou Mônica, que buscou o aval de ginecologistas durante o desenvolvimento do produto.
“A aceitação foi boa. Mostra que as mulheres estão abertas para mudanças e para a preservação do meio ambiente”, comemorou a arquiteta. A venda começou entre amigas, que comercializaram para as amigas das amigas e assim por diante. A unidade do modelo padrão custa R$ 12,50 e o noturno, um pouco maior para conter o fluxo à noite, R$ 15,20.
SaúdeMulheres entre 20 e 30 anos representam a maior parte do público que busca os absorventes amigos da natureza.
Os absorventes convencionais têm muitos produtos químicos, como perfumes e cola, que prejudicam as bactérias que mantêm a boa saúde do órgão e alteram a acidez da mucosa interna” explicou o especialista. Segundo ele, a química deixa a vagina mais propícia à infecções e reações alérgicas, reclamação freqüente entre as pacientes.